Páginas

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Seis faces do amor


Eu o conheci quando tinha aproximadamente seis anos. Chama-se dado do amor. Disseram-me que seria meu exercício diário: assim que acordasse, lançaria-o, e durante aquele dia teria o desafio de realizar o que quer que a face superior mostrasse (amar a todos, ver Jesus no outro, amar por primeiro, amar o inimigo, fazer-se um ou amor recíproco).
Não sei se o meu dadinho era viciado, mas quase sempre aparecia-me "Amar o inimigo".
Pra falar a verdade, dentre todas as faces essa era que eu menos gostava. Só porque era a mais custosa. Era deveras cansativo evitar as brigas, suportar os gritos dos coleguinhas, as implicâncias. Muito embora, naquele tempo eu ainda não entendesse bem... Sabia que era custoso, e por isso não gostava. Pronto.
O tempo foi passando, meu dadinho se rasgou, ou se perdeu (nem lembro mais). Eu cresci. Aprendi o que é inimigo. O que é cansativo. O que é custoso.
E vejam só: lá continuou Deus, mostrando-me não mais com um dado, entretanto com a vida, que ainda é preciso amar o "inimigo" por mais desgastante que seja. Que ainda é preciso acordar, lançar o orgulho pro ar e deixar-se desafiar por uma daquelas seis faces (loucas) do amor. Acreditando, com bastante força, que nisso há um pouco de Deus. Ou muito.

Rafaelly '

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sejam bem-vindos ao Sobre Jardins e Pensamentos, fique à vontade para ler e comentar. Agradeço a visita! =)